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Eu sou um pouco de solidão, um pouco de negligência, um punhado de reclamações.

sábado, 2 de abril de 2011

Fragilidade no (meu) tempo

     O tempo tentou ser a sósia de minhas emoções; estava lá nublado quando me encontrei confusa, com nuvens de memórias me fazendo não enchergar a realidade; estava lá chuvendo quando passei uma fração de horas fazendo meu travesseiro de colo e deixando rolar as lágrimas uma atrás da outra; agora está aqui brilhando como um diamante quando meu sorriso sem cor se abriu de alegria.
     Sempre quis dizer que sou uma menina forte apesar de meu corpo mirrado. No entanto, sou frágil como porcelana ao cair no chão, me quebro toda, ou até um simples gesto brusco me parte em infinitos pedaços.Eu passei por um momento difícil, não era o mais difícil do mundo. Mas foi o bastante para eu me esconder debaixo de um móvel velho, esperando que tudo passase logo  enquanto eu me encolhia no chão frio.
    A verdade é que um sopro do vento de um sentindo contrário que eu não espero, já me trás insegurança. Sinto vergonha de ser desse jeito. Afinal, tudo para mim foge das proporções. Seja a alegria que senti ao receber uma flor quase murcha ou a tristeza de ter alguém que eu amo com a saúde evaporando.
    Essa semana ruim com o tempo meteorológico tão ruim quanto, me fez perder várias penas da minha asa. Até eu não conseguir mais voar, fiquei no chão estirada tentando alcançar novamente os céus com pulos tão pequenos como minha esperança. Foi então que apareceu meus amigos, me fazendo uma nova asa tirando algumas penas das suas para refazerem a minha. É, isso se chama amizade, apesar dos contratempos apesar de eu-com-meus-vários-defeitos, apesar de qualquer tempestade.
Muito obrigada.

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