Espirrei perfume com cheiro de alegria para que aquela sensação ficasse em minha pele, que por onde eu passasse o cheiro acariciasse as faces tristes, que me abraçasse mesmo não adentrando além de minha pele. Artificial demais, transitório se foi. Do que me adianta se sinto gosto de tristeza no paladar quando é preciso dizer o que o futuro nos espera? Cada parte de mim, até minha visão é cega ao chocar-se com corpos vivos se debatendo na procura de uma razão, como se isso fosse o ouro da vida. Aquele perfume nada me adianta, nada vai te adiantar se teu sangue é igual o meu, te mostrando a fragilidade percorrendo em suas veias.
Pudera eu te dar além de perfumes imitadores de um bem-estar falso. Te dou apenas meus braços cheios de piedade, sangue, muito sangue correndo desse coração desesperado. Você abaixa a cabeça; eu abaixei minha caneta em um papel para (d)escrever a sua volta, sem necessidade de correção, contando os erros que restou, refletindo que ainda temos muitas linhas para percorrer.
E se separar.


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