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Eu sou um pouco de solidão, um pouco de negligência, um punhado de reclamações.

sábado, 27 de novembro de 2010

Carta para amor. Não sei.

"Faço essa carta porque apesar de dizer que não acredito no amor, ainda escrevo sobre ele.
Tudo isso é porque quero me surpreender, não quero sentir mais o doce e nem o amargo: quero sentir o gosto do céu.
Fiz teu perfil no teto dos meus pensamentos. Que um dia irá me encontrar.

"Ele não tem rosto. Tem todas as linhas de um livro escrito me levando a um significado que não é para eu encontrar, no entanto encontro.E quando ele for me abraçar não vou me sentir a mulher mais feliz do mundo, vou sentir dor.Tudo nele vai me doer, sua vida vai me doer, seus sonhos vão me doer, nosso amor vai me doer. Porque vou senti-lo como um machucado aberto na carne viva."

É tão urgente sua vinda, seu encontro, tuas palavras, que te escrevo essa carta.
Andei tão triste e muito perdida.
Contei estrelas para me despedir de meus problemas. Elas ainda brilham. Me cegam.
Isto eu sei que nunca vai acabar, mas meu anjo você deve existir. E será mais um dos meus problemas.
Sem solução, sem razão, sem fórmula.
Teus defeitos talvez me preencham como o ar poluido de minha cidade.
Não te quero perfeito, te quero imperfeito e humano. Com o coração bem perto do meu.
Vamos fugir, meu bem?
A sociedade me deixa louca. Será que te faz também ?
Não sei, não sei, não sei.

Enquanto escrevo nossa carta eu escuto a música da brisa.
Você gosta também dela, não é?
O silêncio que escuto de você em minha mente, é sinal que nunca estará comigo.
Estará só dentro de mim.
O conforto.
O amor.
O pesadelo.
A felicidade.
Tudo que procuro está revirado em meu frágil corpo. No externo, intocável.
Eu só te queria para ser a capa do que sempre tive.
Você sabe, eu sei, eles não sabem."