Não clique aqui.

Minha foto
Eu sou um pouco de solidão, um pouco de negligência, um punhado de reclamações.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Vem aqui

Andava sem pressa. Ia para algum lugar – pensei comigo mesma, que poderia ser novamente para meu sonho. Seu olhar continuava ilegível, talvez frio. Eu poderia lhe descrever mais se você não andasse sempre para tão distante de mim. Ou se me olhasse por alguns segundos. Nada. Sei duas, ou três coisas que você gosta. Mas não posso reconhecer tua voz. Apenas o rosto. Amanhã vou te ver novamente. Indo para longe de mim, e voltando no dia seguinte. Sabe aquele meu sonho? Sonhei com você me abraçando. Mas preferi não contar para ninguém. Nem para você. Você estava tão perto, que não senti nada além do que um coração jovem perdido nesse mundo. Então, foi nesse momento, que resolvi me perder ao lado dele também.

Rostos desconhecidos

Hoje andei pela a praia. Vi muita gente. De olhos claros, e escuros; Sorriso largo, tristeza escondida; Fugindo de si, encontrando-se em um pequeno momento; Vi preto, branco e azul. Eu vi tanta gente, mas não vi ninguém. Perguntei-me os sonhos daquelas pessoas, o que estavam pensando e se gostavam do cheiro do mar - como eu gosto. Joguei ao vento minha curiosidade repentina. O fato é que eu carrego comigo a esperança de que: Talvez um daqueles rostos desconhecidos, poderia ser a imagem dos meus sonhos. Talvez uma daquelas mãos, ia afagar meu rosto. Talvez uma daquelas vozes ia tornar-se minha canção de ninar. Talvez.
Sinto uma tristeza irracional ao pensar em toda aquela gente. Porque, no fundo, eu sei que é gente como eu, e que uma delas exatamente hoje precisava do meu abraço; uma frase solta; meu sorriso.

Então para você que lê isso agora, te dou-lhe meu pensamento: “Ei, tudo vai dar certo. E se não der, eu ainda estarei aqui para lembrar-te isso.”