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Eu sou um pouco de solidão, um pouco de negligência, um punhado de reclamações.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Despedida


— Tchau...
— Até um dia, disse ele piscando os olhos e indo embora.

       Foi naquele momento que eu sabia que estava esquecendo de algo. Meu olhar ficou confuso, porque eu não conseguia lembrar.


"Revirei a minha memória em todos os cantos possíveis. Encontrei por lá seu sorriso, um gesto e uma porção de palavras dispensáveis. Parei, e fiquei por lá olhando o que encontrei; assim com cara de boba e jeito de menina inocente. Por um momento eu tive certeza que era aquilo que eu buscava.
Olhando tudo novamente, eu analisei seu sorriso dissimulado. Que sorriso!  Sinceramente eu já vi esse sorriso em muitas pessoas; mas nunca vi esse sorriso em você.  Parecia real. Ou eu o confundi?
Depois eu quis remexer nos teus gestos. Passei o flash deles várias vezes, até o momento que eu percebi que podia sentir falta daquilo outra vez. Então rapidamente sai dali, como se não tivesse passado por onde passei.
Vi então aquelas frases soltas ao vento que falamos; pensei que poderia servir de colo para alguém triste esperando uma piada sem graça pra animar o dia. Deixei escapar uma risada.
Lembrei o nome da rua, da calçada, do tempo e de rostos desconhecidos."


Vi você atravessar para longe de mim, e então sussurrei baixinho: "Menino, te desenhei na minha mente, te escrevi um poema e nunca mais vou te ver passar."