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Eu sou um pouco de solidão, um pouco de negligência, um punhado de reclamações.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Balanço

Eu gosto de me sentar no balanço, fechar os olhos e me balançar até o mais alto que eu posso. Me permito acreditar, por mais breve que seja esse  momento, que eu estou voando, e nada mais importa além do vento acariciando meu rosto, dos meus pés flutuando  no ar, dos fios do meu cabelo dançando.
Fico me imaginando em um lugar relativamente distante, não tanto quanto a lua e nem tão perto como a esquina. É um lugar em que se resolvem problemas ao se balançar. ( Você pode fazer isso em qualquer parque, não precisam ser os novos, os antigos também servem, mesmo se tiver cores sombrias.) O que realmente importa é se balançar! Quase como uma fórmula mágica.
Você não precisará fugir dos problemas, porque eles que vão fugir de você, carregando junto a lembrança do dia cansativo que o fez sentir vontade de desistir de quase tudo,menos daquela pessoa, sim, essa mesmo que você acabou de pensar! Mas se ninguém veio a sua mente, isso faz tudo ficar mais triste ainda, então possivelmente você deverá se balançar mais de uma vez.

Bom, há constatações que depois de se balançar uma única vez você começará a sentir um sorriso leve.
Na segunda vez você estará  em cima de uma nuvem.
Na terceira você se transformará em uma alegre melodia do Vivaldi.
No caso do sentimento de tristeza permanecer no céu da sua boca, você precisará fazer até quando sentir isso passar.

Ontem eu comecei a me balançar às oito horas da noite.





E talvez nunca mais pare.

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