"Reguei-me dos olhares infortúnios;
Das vozes indecifráveis;
Dos olhares irreconhecíveis.
Provei da cor, amor, dor
E dos meus medos invisíveis.
Reconheci um olhar ausente,
Feito do vazio.
Decifrei aquele reflexo,
Feito um pouquinho do desconhecido
E dos mares que já tinha visto.
Deixou-me com perguntas soltas,
Foi embora através da dúvida
De não conseguir viver.
Tu fostes banalizado
Porque não soubera entender
Que a vida é apenas a ilusão do cego,
E não é feita para permanecer.
Segui minha pobre consciência,
que hei de nunca realmente tê-la;
mas até o dia que realmente a encontre
farei versos com minha falta de onisciência."

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