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Eu sou um pouco de solidão, um pouco de negligência, um punhado de reclamações.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Minha pequena segunda-feira

Desejei de olhos fechados adormecer novamente. Agarrei forte o lençol e o mantive entre meus dedos.
Perdi uma porção de números em meu relógio apenas para continuar por ali.. Sempre fora difícil acordar. Não por motivos óbvios, mas por simplesmente preferir a minha própria ausência. Sonhos? Não me lembro à última vez que os tive, e gostava desse fato. Eu preferia meu Ego calado sem debater-se contra seus próprios conceitos.
Em um súbito abri os olhos, levantei da cama, abri a cortina.
Olhei disfarçadamente para um homem que assobiava alegremente pela rua enquanto levava pão. Vi crianças correndo brincando de pique-pega. Dois passarinhos voavam um atrás do outro pela árvore. E eu estava ali observando como estivesse analisando seus segredos, ou a inutilidade do dia que seguia para eu mesma e para tantas outras pessoas.
Pressionei meu corpo pela parede e o deixei cair no chão. Fraquejei. Abri a palma da minha mão, e analisei por minutos aquelas linhas. Ri comigo mesma.
Tenho marcas por todo meu corpo, no entanto as mais profundas são imperceptíveis à qualquer olhar.
Liguei a TV, selecionei um canal. Passou comercial de cosméticos, carro, sabão em pó, celular. Todos aqueles comerciais tinham algo em comum: Se você os tivesse seria feliz, ou você é um animal irracional. Eu encontrava apenas excesso de informação banal, e pessoas sorridentes. Suspirei. “Talvez o problema todo sou eu
Estúpido dia de segunda-feira.

Andei sem rumo pela a minha rua, deixando em cada passo um sorriso infeliz brutamente largado ao chão.
Alguém pode os ver e guardar consigo... Espero que use-os.


E o pôr do sol me deixou emocionada no fim de mais um dia. Porque a vida não passa de despedidas rotineiras.
"Apesar de eu saber que amanhã irei ver o sol novamente, sei que em um amanhã, será eu que o raio do sol não irá mais encontrar."

Um comentário:

  1. Mari, eu não sei quando que você vai ver essa minha postagem e nem se verá. Não sei se tem costume de checar esse tipo de cousa ou se espera que alguém, como eu, comente. Cada palavra que vejo por aqui, cada primeira palavrinha no início de todos esses pedaços de você, me instiga pra saber da outra. Me vejo presa aqui, lendo todas e todos e me achando em alguma parte, em algum momento ou em todos eles até. Não somos tão próximas de físico mas sinto que somos do mesmo teto em sentir. Quero te parabenizar pela escolha de ser ousada como eu não sou. Pela escolha de querer e fazer o que eu não faço e que tenho vontade. Pela postura que consegue tomar e que eu não consigo tão facilmente. Vc brilha. Brilha com ou sem luz. Junto e sozinha. No começo e também no final.
    Vc é estrela. A estrela mais próxima que eu tenho e talvez a mais bonita de todas.

    Um beijo no coração da sua colega de classe, Carol...

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