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Eu sou um pouco de solidão, um pouco de negligência, um punhado de reclamações.

domingo, 29 de novembro de 2009

Estava no meio da noite. Ouvi um ruído estranho se chocando com o silêncio. Senti um arrepio. Abri a janela, e o vento soprava forte como se quisesse me alertar de algo. Era uma noite fria e gelada. Fechei os olhos e respirei fundo. O dia seguinte seria longo. Deitei na minha cama, me cobri mais uma vez. De repente escutei uma respiração. E não era a minha. Meu coração saltou em uma sinfonia desesperada. Eu me virei e olhei aqueles olhos. Nunca esquecerei aquele olhar. O olhar mais cruel e impiedoso que já vi. Eu enchi meu pulmão de ar e gritei. Ele rapidamente colocou as mãos frias no meu pescoço. Fiquei sem ar. O que ele queria? Era um enigma, em que a única resposta era eu. Uma lágrima percorreu em meu rosto como uma lâmina. Eu estava sem força, eu queria lutar. Dor. Grito. Sangue. Eu o chamei de assassino... E ele? Ele me chamou de “minha”.

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