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Eu sou um pouco de solidão, um pouco de negligência, um punhado de reclamações.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Te (me) encontrar

Quero ir embora, e encontrar num sorriso o repouso mais calmo de todos;
com aquela sensação de dormir debaixo de uma árvore em dia de sol.
Ah, digo também, sobre o olhar que procuro:
vasto como o céu e indecifrável como os sonhos.
E em minha frágil imaginação, eu vejo alguém que gosta de viver,
de contar estrelas, não cobrir os pés em dia de frio e contar piadas.
O resto do enredo dessa pessoa é triste e trágico,
tanto como a minha lucidez.
Estou desperdiçando minutos de minha existência
idealizando e escrevendo sobre o inefável.
Tão longe.
Tão longe.
Tão longe.
Vou voltar e continuar escrevendo, porque é isso que me espanta as dores.
Não, eu nunca encontrei, nem irei encontrar essa pessoa.
Aliás, pare de me interromper!
Posso continuar a escrever sobre ele?
Entendo que não quer continuar a ler, no entanto quero ser compreendida.
A verdade é que procuro a mim mesma,
e me embriago com a fantasia de alguém que me espera.
Talvez se fosse verdade, eu diria:
Você é louco? Nunca espere algo de alguém como eu,
que fugiu de si próprio; que mergulhou no vício de não querer existir.

Isso não é real. Simplesmente nada disso. E tampouco, essas palavras.

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